Entenda essa nova tecnologia, como funciona e o que pode trazer de vantagens, quando tivermos acesso.

O ano de 2020 veio repleto de diversos desafios e novidades. Com a tecnologia não foi diferente e um dos assuntos que ainda tem gerado muita expectativa é a implantação da tecnologia 5G no Brasil. Quer entender mais sobre o assunto? A Blocktime Tecnologia está aqui para te ajudar a conhecer mais sobre esse universo da inovação e tudo o que envolve o 5G: maior velocidade, interação entre máquinas na internet das coisas (IoT) e muito mais.

Imagem mostra fundo de cidade com gráfico de tecnologia

No que consiste?

A tecnologia 5G é a nova geração das redes móveis, sucessora da 4G. Em resumo, é uma tecnologia que transporta dados em rede, por meio de dispositivos móveis e que promete ser muito mais ágil, eficiente e inteligente. Para entender melhor, precisamos resgatar o conceito de ondas de radiofrequência.

Um pouco de Física…

Ondas de radiofrequência consistem em ondas eletromagnéticas que existem no intervalo de 3KHz – quilo hertz a 300 GHz – giga hertz (unidades de frequência). É por meio delas que realizamos as transmissões de internet, áudio e TV. As mais conhecidas são AM, FM, UHF ou VHF. No Brasil, o órgão responsável pela administração dessas ondas é a ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações). Ainda ficou confuso? De acordo com a enciclopédia Wikipédia, Ondas de rádio são um tipo de radiação eletromagnética com comprimento de onda maior (e frequência menor) do que a radiação infravermelha. Como todas as outras ondas eletromagnéticas, viajam à velocidade da luz no vácuo.” No universo das redes móveis, utilizamos as ondas VHF (frequência muito alta) que operam entre 30 e 300 MHz e as ondas UHF (frequência ultra-alta) que funcionam no intervalo de 300 MHz (mega hertz) a 300 GHz (giga hertz). Para a tecnologia 5G precisamos das duas frequências: as mais baixas, que dão capacidade para o fornecimento de internet para as pessoas e para as coisas (IoT); e as mais altas para viabilizar finalmente a realidade que só víamos em filmes: carros autônomos e cirurgias realizadas por robôs.

Imagem mostra ilustração de mão segurando o celular e conectando a tecnologia 5G

Antes de mais nada, o que é IoT?

Não podemos falar da tecnologia 5G sem citarmos a Internet das Coisas. Já pensou em poder conectar todo tipo de eletrônico a uma rede mundial? Lâmpadas, geladeiras, máquinas de lavar… E mais: carros, semáforos, prédios, empresas, estruturas inteiras interagindo e fornecendo dados entre si? Ou melhor, que a sua geladeira te avise quando estiver ficando vazia e você possa conferir essas informações fora de casa? Esse é o mundo do IoT: fazer com que objetos comuns do cotidiano ganhem chips e o software necessário para transferir informações através da internet.

E no meu dia-a-dia, o que muda?

Se o 4G permitiu, e muito, maior conexão entre as pessoas, o 5G veio para conectar pessoas e coisas com muito mais velocidade e efetividade. A mudança de maior impacto é a velocidade. Segundo o Wall Street Journal: se com o 4G você leva cerca de 2 minutos para baixar um filme, no 5G esse tempo mudará para 4 segundos; para baixar uma lista do Spotify? De 20 para 0,6 segundos e o carregamento de uma página de site? De 0,9 segundo para, nada menos que, 25,6 milissegundos. Para os jogos online, nem se fala. Uma espera de carregamento, que hoje leva cerca de 14 minutos, evoluirá, para a felicidade dos gamers de plantão, para menos de 30 segundos. Essa alta velocidade se explica pelo aumento da latência, ou seja, o tempo que uma rede leva para responder diante de uma solicitação. Outro ponto que a tecnologia 5G permite e citamos acima é a Internet das coisas. Aqui, estamos falando de uma evolução com um universo de possibilidades: cidades inteligentes (conectadas a tudo e a todos), nanorobôs que possam ser inseridos em seres humanos e animais, robôs capazes de realizar diagnósticos e cirurgias, etc. Quanto às cidades: prédios, iluminação, transporte, tudo funcionando via tecnologia, sem precisar da operação por pessoas. Imagine um assalto sendo reportado à polícia por um sistema de câmeras? E uma viagem sem um motorista? Tudo autônomo, com apenas um clique! Entrando no campo da medicina as mudanças são imensuráveis: além de uma velocidade que permita a realização de cirurgias remotas por vídeo, hospitais dentro de uma mesma rede poderão fornecer atendimentos especialistas entre unidades: online! Sem contar na formação de residentes com a possibilidade de acompanhamento de cirurgias em tempo real. Dentro de todo esse contexto, a tecnologia 5G veio para se tornar uma rede mundial em que todos (pessoas, dispositivos, objetos, empresas, máquinas, etc) possam estar conectados. Diversos países já possuem 5G, no Brasil desde 2019 vemos essa realidade ser adiada.

O Brasil e a Tecnologia 5G

Já destacamos a importância da tecnologia 5G para o mundo, mas no Brasil, e em toda América Latina, ainda enxergamos alguns obstáculos para sua implantação. Os motivos são diversos: comerciais, legislativos e políticos. Desde 2019 a Anatel prevê um leilão para estabelecer quais operadoras poderão comercializar a tecnologia 5G no Brasil e qual será o espaço de frequência utilizado. Porém, o que aconteceria no segundo semestre de 2020, recentemente foi prorrogado para 2021. Enquanto isso, algumas operadoras começam a oferecer uma prévia do serviço que, por enquanto, funcionará nas faixas de frequência do 3G e do 4G. A grande questão é que o único modelo de celular que fornece hoje o acesso à tecnologia 5G é o Motorola Edge. As operadoras Claro, Vivo e TIM aos poucos, de forma limitada, vêm oferecendo o serviço nas seguintes cidades: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF), Belo Horizonte (MG), Itajubá (MG), Salvador (BA), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Bento Gonçalves (RS), Goiânia (MT) e Três Lagoas (MS). Para maiores informações, verifique nos sites de cada operadora. Enquanto a tecnologia 5G, que promete ser cerca de 10 vezes mais rápida que a 4G, não chega ao nosso cotidiano, a Blocktime Tecnologia vai te atualizando sobre as tendências mundiais e o impacto no Brasil.